segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PAIGC, ENTRE O DECLÍNIO E A REINVENÇÃO


Será que o Paigc caminha para se tornar no maior flop da história política Africana?

Não se trata de exagero nem tão pouco de menosprezar a sua importância histórico tanto dentro como fora da Guiné Bissau, mas o facto é que 40 anos após liderar uma das mais espetaculares guerras de guerrilha que o mundo já viu, o partido fundado por Cabral e seus pares é tudo menos o queria deveria ser, UM SIMBOLO DE UNIDADE NACIONAL!

No início a diferença entre o Paigc e os outros partidos era a vulnerabilidade da juventude perante a um sistema ainda que “velho” era a referência pelo seu passado glorioso, mas bastou as primeiras eleições “livres” para se entender que estava criada um ambiente propicio para sucessivas alterações a ordem democrática da Guiné Bissau. Os 12 anos de luta nas verdes matas da Guiné deram ao Paigc uma resistência extraordinária as adversidades, mas ironicamente o partido não soube criar anticorpos para se proteger de um discurso populista e demagogo, ao invés de resistir a essa mudança, o partido que fez a luta contra o colonialismo “acontecer” viu-se refém de doutrinas “vendidas” por dirigentes que acreditavam ser do seu direito “natural” a condição de guardião do poder e usufruir das regalias fenomenal que essa condição de ser um membro e militante de Paigc lhes garantia. Mas o destino tem os seus próprios caprichos, era questão de tempo até o coletivo eclodir em “individual” porque no seu esforço frenético para continuara ter o sistema seguramente havia riscos de um dia atravessar o “ponto” de não retorno e sucumbir aos demônios que no processo criou.

O partido que foi o propulsor (em África) da revolta contra o imperialismo e que serviu de exemplos para que outros povos e movimentos pudessem iniciar suas próprias lutas e que acabariam por “nocautear” o colonialismo, tinha-se transformado numa casa de “mãe Joana”, onde cada um ciente que o que têm a dizer é mais importante ou que a perspectiva com que o pode fazer é a que faz mais sentido, entrou-se em numa rota de declínio acentuado por um período de mudanças contraditórias, profundas e turbulenta, ao ponto de contrapor o pior ao ridículo, tudo em busca de soluções que atenuassem a ameaça ao monopólio do poder que imaginavam deter, não souberam entender a diferença de ter orelhas de burro e efetivamente ser um burro, há um ditado Japonês que diz; “ Mesmo se um  grupo em si é bom, ele irá perder e se tornar maus se ele for fraco”, com esse exemplo estou a dizer que o Paigc é fraco? Sim, pelo menos a julgar pela metamorfose dos últimos 20 anos, foram anos e anos de acúmulos de problemas desnecessários, em vez de se concentrarem em seu próprio projeto para o Paigc e em realizações que tinham planeadas para o país, os políticos se voltaram para “agendas” mais lucrativas. 

Refletindo essa mudança, os guineenses começaram a distanciar-se ao seu “partido de sempre”, e nenhuma das várias “alas” parece ter noção do fato de que a tênue legitimidade suportada por um notável êxito histórico não pode por si mesma ser suficiente para uma população submetida a imensas privações, tal realidade tende a ter consequências dentro e fora do Paigc como se tem assistido a mais de duas décadas. Primeiro, e de uma forma fatal o partido caiu no engodo de “elitizar” o seu ADN, segundo continuou de uma forma incompreensível com métodos e doutrinas retrógradas para um partido do seu calibre, terceiro envelheceu, é um partido de “velhas guardas” por opção própria, tem escolhido os jovens que convêm ao sistema instalado, com isso perdeu o fulgor do passado quando tinha a sua fonte de juventude, os mesmo que agora não acreditam mais em “contos de fada” e finalmente a guerra de “Guerrilha” que se instalou no seu ventre demonstra a falta de liderança e clareza, é mais um movimento desorganizado, inorgânico, sem liderança, metas, clareza, definição e sem um plano. Existiu, e funcionou! Demonstra que algo está errado. Como se explica um partido que obteve a maioria nas urnas do nada passa de governante á mero coadjuvante? Como um presidente pode mandar, se está exilado? Às velhas raposas, e os Boys, continuam tristemente a fortalecer uma luta de egos absurdo e surreal! Um partido nestas condições não oferece garantias e nem se quer pauta como alternativa.

Se não quiser constar nos anais da história como um “Flop” o Paigc vai ter que se reinventar-se, sem pensar na importância do seu passado histórico, desprender-se de pretensões de grandiosidade, há que ter a humildade de assumir os erros e as fraquezas, muito do Paigc morreu, é preciso buscar forças para enfrentar um doloroso processo de renovação em torno de si mesmo, para fazer renascer seus ideais, e a partir das cinzas orquestrar uma nova realidade, é preciso enfrentar as críticas da juventude e reconquistar o seu apoio e afeto e sobretudo suaenergia, mas também é preciso mobilizar a sociedade para o debate, mesclar o novo com a experiência sem medos ou preconceitos! Acabar com a pratica de lobistas, deixar de ser um “fundo de garantia” para uma elite dispor ao seu belo prazer e interesse. O Paigc terá que ser o partido da diferença, que lute primeiramente e sempre pelos os interesses dos guineenses e da Guiné Bissau! Se de inspiração precisamos, tomemos como exemplo esta do então presidente Americano John F. Kennedy em 20 de janeiro de1961 no discurso da sua posse em Washington, “Celebramos hoje não a vitória de um partido, mas a comemoração da liberdade simbolizando um fim, assim como um começo significando renovação assim como mudança, não perguntem o que o seu país pode fazer por vocês. Perguntem o que vocês podem fazer pelo seu país.”
Este pode ser o último suspiro...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

DEAR MADIBA



 Nelson Mandela pediu há alguns anos para que na sua lápide apenas se escrevesse : "Aqui jaz um homem que fez o seu dever na Terra."

O mundo parou com a tua partida, talvez o mesmo tenha acontecido quando chegastes a este mundo, não paramos por falso moralismo, o mundo parou primeiro para te reverenciar, depois porque te devemos a essência de nós como seres humanos, parou porque fostes o HOMEM QUE DERROTOU O RACISMO, parou porque fostes magnânimo ao saber perdoar, és um gigante que foi colorir ainda mais o céu! Teremos saudades do teu sorriso doce e amável isso é mais que certo, mas por enquanto os nosso olhos ficaram fixados nas estrelas, porque hoje dia 05 de dezembro elas brilham mais intensamente porque é festa, o filho prodigo “voltou” a casa! Nas horas mais escuras nunca te permitiste render perante a covardia e a intolerância, por isso a palavra esperança ganhou um significado especial, “Madiba” o ódio não triunfou porque comandaste a resistência contra, ainda que o mesmo tenha feito vítimas, soubeste ensinar como recuperar essas mazelas, é por isso que não  há necessidade de lagrimas, o que necessitamos, é de seguir o teu exemplo de vida, esse, é incomensurável. Deixaste como presente, AMOR, COMPREENSÃO, HUMANIDADE E TOLERÂNCIA, dadivas mais que suficientes para fazer deste mundo um lugar infinitamente melhor para sonhar e viver como seres livres. Não és divindade, mas és imortal, não pertences nem aos pretos nem aos brancos, pertences a humanidade, porque nasceste para inspirar e ensinar! És como um arco-íris, perfeito demais para descrever, o nosso profundo agradecimento ao criador pelo “presente”.
Descanso eterno, bem o mereces
  


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PANDEMÓNIO NA TERRA DO CABRAL!

O inferno está cheio de criaturas dos mitos pagãos. Dante vê centauros, o minotauro e o cachorro de três cabeças, Cérbero. Michelangelo inclui Caronte, o barqueiro dos rios Estige e Aqueronte que leva as almas dos pecadores para o inferno. Milton vê a medusa e hidras nas profundezas.




Ao longe deslumbram-se figuras que em nada se assemelham a humanos, mas a medida que a distância se encurta os detalhes revelam-se nas caras pálidas com marcas de sofrimento estampada nos olhos profundos e vazios que denunciam que por essas caras uma cascata de lágrimas é algo tristemente repetitivo.

Perdidos num silêncio feroz, as almas gritam por socorro, mas tristemente ninguém vem em seu auxílio. Agora que o dia se clareou o inferno se revela, (não o de Dante*) mas o de terra de Cabral, demos conta que o fogo das velas é constante como o choro das viúvas. O destino é ermo e brutal, não faz calor mas o ar é seco e sufocante porque o vento se foi com a esperança, o tempo pertence aos espíritos malignos que fazem a festa com as sobras deixadas pelos demónios, sim demónios, esses mesmos que tomaram para si as almas dos inocentes, pobre de nós os escravos da nossa ganância e refém da nossa insano e incontrolável ambição, agora mudos e com medo do reflexo que o espelho mostra, então nos olhamos incrédulos com a nossa realidade, sem entender a fúria do destino. Agora mesmo com as chuvas, o suave aroma da terra molhada não resistiu ao cheiro intenso das chagas abertas que poluem o ar para regozijo dos abutres. As vozes que ontem eram alegres agora apenas cantam melodias tristes porque a morte saiu a rua, talvez seja por isso que se ouve constantemente a palavra " NÓ SUFRI DJITO KÁ TEN" numa tentativa inútil para sanar um ódio covarde e incompreensível. Agora sabemos que o " Menos Mal " de ontem era na verdade um cenário melhor que dizer " Nindjor na fulano ou no Sicrano " porque naquele tempo ainda era saudável " Djumbai" sem medo dos senhores da noite, porque agora mesmo com os olhos cansados dormir é uma opção arriscada, ainda que nos sonhos acalentemos sentir de NOVO o fresco vento da LIBERDADE.

A realidade, essa cheira a sangue, o nosso crepúsculo é cinzento não por caprichos dos Deuses, mas sim por culpa nossa, porque o caos era e é previsível desde o início quando o intelecto foi preterido em favor do músculo, mas antes outro pecado, o preconceito, sim o preconceito existiu, que ninguém duvide ou ouse negar, ainda com interpretações distintas, mas nesta era onde as pessoas procuram harmonia e paz, não deveria ter espaço para a lógica selvática de “dente por dente e olhos por olho” esse tipo de idiotice deveria ter ficado na selva melhor deveria ter sido enterrada uma vez findada o conflito, aquilo que foi conseguido com sangue e suor de muitos, não pode ser de maneira alguma destruído apenas para satisfazer a megalomania de alguns que misturam as queixas com profundas revoltas e ideias que ameaçam fazer tombar a essência do ADN dos Guineense! 

*O Inferno é a primeira parte da "Divina Comédia" de Dante Alighieri obra A Divina Comédia, escrita no século 14 por Dante Alighieri (1265-1321) Em A Divina Comédia, o poeta italiano apresenta na forma de poema uma descrição detalhada do Inferno, do Purgatório e do Paraíso. No Inferno, Dante, guiado pelo poeta Virgílio, percorre locais onde os pecadores enfrentam punições pelo que fizeram em vida. 



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NÕ PINTCHA!



Ter fé apenas não basta, há que ter atitude, coragem e ter em mente que o colectivo é adornado com mais forte que o individual, todos os dias nos queixamos da má sorte, da ditadura musculada e selvática dos militares, da ganância incontrolável e desumano dos políticos, da crise financeira e da inércia comunidade internacional, um retrato ridículo de um povo que há muito se esqueceu da sua extraordinária luta mas sobretudo do seu carácter ímpar, não há país que não tenha uma pagina vergonhosa e nem ser humano que não cometa erros, porém a vida é um exercício constante há que apreender com os erros e seguir em frente, a responsabilidade de uma Guiné melhor não cabe a um elite, classe ou etnia, essa missão pertence a todos os guineenses, isso não quer dizer que vamos esquecer os abusos tanto do passado ou do presente, os prevaricadores têm que ser responsabilizados pelos seus actos! Chega de postergar as esperanças para gerações futuras, o sucesso do futuro se constrói no presente. Se cada um fizer o que lhe compete, de forma profissional, e assumir a responsabilidade por seus actos, muitos problemas seriam evitados, digo eu que apenas sei pensar por mim...


segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Os anseios de uma menina que se tornou uma mulher LINDA MAS INFELIZ COM O PASSAR DOS ANOS!          



Menina, quando a noite vier
Perturbar sua vida, destruir seus sonhos
Menina, há quanto tempo está
Perdida e sozinha marcando o seu destino

Linda menina
Seus olhos podem brilhar sem mentiras
Sem ter que doar sua pureza
Seus sonhos de amor

Há uma outra mulher que menina
Soube um dia viver sua sina
Criar o Filho de Deus para todos libertar
Libertar, libertar, libertar

Não chore linda menina mas clame sem cessar




sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A HUMANIDADE ENTRE ANJOS E DEMÓNIOS






"Os homens fizeram, com os demônios, o mesmo que com os anjos. Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos, desde toda a eternidade, tomaram também os Espíritos inferiores por seres perpetuadamente maus."





Há dois anos depois da execução publica do então líder Líbio Muammar al-Gaddafia dupla de saqueadores
Sarcozy e Cameron chegava à Trípoli como conquistadores, entraram felizes e sorridentes, com um sorriso maquiavélico de quem sabe que tem força para mudar destino de milhões e não responder perante a ninguém, o obscuro plano denominado “Primavera Árabe” estava a ser implementado na perfeição, com o reinado do Gaddafi terminado os mais desatentos acreditavam que os marginalizados povos do mundo árabe teriam finalmente a desejada liberdade que há muito lhes tinha sido privada, a assustadora obsessão do ocidente não tinha limites, no seu horizonte um novo alvo, “a terra dos faraós” não demorou o Egipto virou um inferno de sangue, o excêntrico “Rei” francês caiu do trono sem poder reclamar os espólios (sempre o sonho de consumo dos exércitos vencedores) da conquista, já o seu homologo inglês ainda que fraco tinha a protecção americana, por lá o falso profeta salvador, (leia-se Obama) tinha entendido que não precisa de juntar as contas pesadas da aventura Líbio à já de si pesadas facturas do Iraque e Afeganistão, porque tinha o senado e a recessão no seu calcanhar e com perspicácia de um bom observador rápidamente distanciou-se dos dissabores que se adivinhavam até porque a sua eleições para um segundo mandato estava longe de ser favas contadas.

Cresce admirando e defendendo a política externa Americana, fruto de lavagem cerebral através dos filmes, da sua cultura, do slogan perfeito, “American Dream, the Land of Opportunity” eu fui um dos milhões que “comprou” a ideia que se o mundo tivesse que ser “policiado” que tal missão coubesse aos Estados Unidos, desafiei inúmeras vezes o meu pai, meus tios, parentes, amigos e professores qual cruzado em busca da terra Santa, o “sistema cruel mas perfeito chamado capitalismo” foi o responsável por querer ser economista, parecia que não tinha neste planeta nada ou ninguém que me pudesse “mostrar” as imperfeições dos Estados Unidos, ninguém a não ser a própria América! Quando o presidente Barack Obama foi eleito escreve o seguinte, (http://banobero.blogspot.com.br/2009/04/senhor-esperanca.html) “O mundo acordou diferente, porque no país que tem a democracia mais próximo da perfeição tudo é possível, a vitória do Obama só vem a reforçar isso. A mudança chegou, de uma forma avassaladora, bastou um “Yes, we can! ” o slogan da campanha do democrata que contagiou a América e o mundo. Eu vejo mudança em Barack Obama, não se trata de ser negro, ou mulato, o feito do Obama ultrapassa todos os limites cromáticos e étnicos. A mudança era necessária, o mundo espera isso do Obama, MUDANÇAS, ele esta mandatário, e creditado para fazer a diferença em nome de todos quanto são crentes em Liberdade, Igualdade e Fraternidade.” 

Infelizmente para a humanidade o homem não é perfeito, o senhor esperança não foi capaz de fazer as mudanças que este mundo precisava e necessita urgentemente, poderia ter conseguido mas factos são factos contra os interesses do senado e os seus lacaios (grandes multinacionais) ele não tinha espaço ou poder suficiente. Com a sua reeleição garantida o presidente Obama sabia que na teoria não precisava de se preocupar com a opinião pública (alias todos os presidentes pensam assim no seu ultimo mandato) poderia ter lidado com o dossiê Egipto de uma forma diferente mas não o fez, utilizou o poder económico para garantir a queda do Hosni Mubarak, mas nem o desorientado Obama, nem o ultrapassado e Aristocrática comunidade europeia e os dissimulados lideres Árabes podiam prever as ironias do destino, a praga que assola os súbditos dos Faraós está incontrolável, os fiéis amigos do Mubarak (leia-se os militares) já o resgataram de umas “férias forçados” na prisão, alias por estes dias no Cairo há uma frase bastante peculiar que os também desgraçado povo da Guiné Bissau diziam apôs a queda do todo-poderoso Nino Vieira, (Mindjor na Nivo) por outras palavras “Sempre era preferível o Egipto do Hosni Mubarak e do seu Gangue à este infernal e sangrento país que não se sabe bem quem manda, a única certeza é que pelas cidades a morte se faz presente!"       


  

terça-feira, 27 de agosto de 2013

PJEFF, O SENHOR ENTRETENIMENTO


O conceito de ser artista vai ser reinventado sempre e quando ele estiver em um palco, numa pista de dança ou com um microfone nas mãos, não que ele seja diferente aos demais uma vez que todos nós temos múltiplas personalidade ainda que muitas vezes escondidas, mas porque ele é Pjeff... 


Sua carreira tem sido uma construção lenta e ele comprometeu bastante tempo trabalhando como um artista sem ser o seu trabalho em tempo integral, ainda assim o Céu é o limite para ele. Quando lhe perguntei como se definia, me disse sem rodeio; “P.jeff é, Musico, Ator e CEO da marca LIKE LA EM CIMA um nome a se ter em mente, diferenciado pela seu jeito natural de entreter aliada a sua maneira ousado de ser, dono de um carisma único, focando em fazer sempre o seu melhor com a intenção de servir de veículo de transporte de alegria para os demais”



Pjeff se encaixa na definição do entretenimento em pessoa, diferente de muitos artistas com o mesmo “vipe”, ele não nasceu no palco, mas faz dela sua casa, canta, dança e interpreta, pois é multifacetado. Falar deste artista requer um monólogo e ele sabe-o melhor que ninguém tanto quanto sabe que não é consensual, mas quem quer ou tem tempo para ser consensual, por isso é de louvar a forma corajosa como defende as suas inúmeras tendências. Ele não esconde a vontade de provocar e chocar ao mesmo tempo que transmite um entusiasmo vibrante, o Pjeff é um indivíduo extremamente auto confiante que não tem nenhuma vergonha em exibir essa característica da sua personalidade. Ser diferente não é crime, desistir dos nossos sonhos sim é, se cada um é responsável por aquilo que cativa, Pjff já cativa todos ao seu redor, porque é ousado e feliz!


Eu saio, para a noite
Quatro paredes não vão me segurar
Se esta cidade é só uma maçã
Quero dar uma mordida

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dj HERNANY O GIGANTE DA NOITE 2


Conhecer ritmos e culturas é a chave para se ser um bom profissional? - É sim, um Dj tem que ter gosto diversificado em termo de estilos musicais, mesmo que ele for Dj de um só estilo como por exemplo Rap, tem que ouvir as mais variadas vertentes do Rap para tornar-se um bom profissional e poder agradar as diferentes pessoas que compõem o seu público.

Apesar de “escolas” distintos, há uma grande proximidade entre os Dj de Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau, no seu entendimento como se explica isso? Eu acredito que a música une as pessoas, e apesar de sermos de "escolas" diferentes nós somos irmãos, e os nossos ritmos são parecidos, Décale, Funaná, Kuduro, Semba, Morna, Zouk, Gumbé e agora o Afro House que está a ser feito e bem feito pelos Palops, isso nos deixa mais próximos, eu particularmente gostaria de trocar mais experiencias com os Djs da nossa comunidade Palop.  
Todos os Djs têm uma forma própria de mixar e de interagir com o seu público, falei com pessoas que, dizem que a sua humildade é a sua maraca registrada, concorda? Tenho o meu estilo de tocar e procuro sempre inovar, e fico feliz quando as pessoas o aprovam, e quanto ao contacto com o público eu tento ser o mais humilde possível, porque ser Dj não me transforma superior a ninguém, e quem faz a festa é o Dj com a ajuda do público, o mais importante é a diversão, então trato sempre todo mundo de forma igual e estou sempre aberto a críticas, e há que tratar bem as pessoas quando estamos em ascensão porque podemos cruzar com elas quando estivermos em queda.

A cabine é um mundo a parte dos Djs, ou isso é apenas um mito? A cabine de som... Só posso dizer que é a maior viagem (Risos) La dentro o tempo passa e não te das conta, realmente do agito ao teu redor, é um mundo a parte principalmente quando se faz aquilo de que gostamos.
 Se pudesse acrescentar alguma coisa as noites africano no Rio de Janeiro, o que seria? Acho que há que se mudar algumas coisas nas noites africanas no Rio, dar mais um Upgrade, mas já se esta a trabalhar nessas mudanças, as produtoras estão empenhadas e acredito que vem muita coisa boa por ai.

 De todos os Djs, que já tocaram nas noites africanas, qual foi aquele que mais te marcou e porque? Posso dizer que não tenho só uma referência: Tem o Dj Mandas que é um excelente Dj, digo que ele me marcou porque ele tinha um estilo único de tocar e como se diz na gíria “as misturas dele escorregavam” (risos) fez-me dançar muito esse rapaz, e outro é o Dj Oriano que também é um excelente Dj, aprendi e ainda aprendo muito com ele, sempre que pode ele me da un puxões de orelha (risos).
Qual é a mensagem do Dj Hernany para o mundo? Mantém-te firme, quando pensares que não consegues lutar, que o mundo vai acabar, ouve a voz dentro de ti! Mantém-te firme, não te esqueças que podes sempre escolher, ninguém te pode vencer ouve a voz dentro de ti! By: Boss Ac
Angola é? Angola é minha terra, mãe, ela é um dos motivos de eu estar no Rio a adquirir conhecimentos técnicos e científicos, para quando eu voltar ajudar a desenvolver essa terra linda que Deus nos deu.
Uma palavra de agradecimento – Em primeiro lugar á Deus por tudo que tenho, minha vida, saúde e família! Aos meus amigos de todas as horas. Um obrigado especial, as pessoas que acreditaram em mim, Gilson, Sérgio Rafa, Oriano, a Seven Angel e Bailundo produções.









Dj HERNANY - O GIGANTE DA NOITE


Bob Marley disse um dia que “Uma coisa boa sobre a música, quando te acerta, não sente nenhuma dor”, a música é intemporal assim como o próprio Bob. Não é fácil, escrever sobre a música no geral, mais árduo a tarefa se torna quando o tema é sobre um disc jockey ou por outras palavras Dj. 

Não existem barreiras que a força da música não consiga derrubar independentemente da cultura, do ritmo ou estilo, ela penetra nas nossas almas de uma forma saliente e magica, isso se explica pela forma perfeita como compositores, composições e amantes da música se unem numa cumplicidade que transcende a própria consciência. Em muitos países a profissão de Disc jochey já é regulamentada, ela tem exercido muita atracção sobre gente nova e até profissionais de outras áreas (como os actores, desportistas e manequins). As escolas de Djing, que atraem cada vez mais adolescentes, não ajudam a separar as águas. "Cobram mil euros aos miúdos e o máximo que fazem é ensiná-los a mexer no material. Criam ilusões. Um DJ tem de trabalhar muito, conhecer e experimentar, não nasce de um dia para o outro” diz o Dj Pedro Diaz.


Sim, a personalidade Banobero é um Dj.  "Qualquer pessoa que tenha algo a dizer através da música deve ter o direito de fazê-lo", E o gigante Dj Hernany fá-lo através de uma batida sincopada que alastra pela noite num ritmo perfeito, em outras palavras lhes oferece aquilo que elas querem, pura diversão! 

É difícil não notar a sua presença ao estilo Paul Bunyan (um lendário lenhador gigantesco que aparece em alguns relatos tradicionais do folclore dos Estados Unidos. Foi criado pelo jornalista americano James MacGillivray.) No clima das batidas mais envolventes da noite lá estava ele sereno e tranquilo como se a música fosse uma tranquilizante natural para ele, enquanto todos estão num frenético agitação na pista, os seus olhos estão fixados na cabine do Dj, muito embora não fosse ele o Dj da noite. Ele bem tenta, mais não consegue resistir, para ele a sensação é o mesmo que de uma criança numa loja de doces…

Quem é o Hernany Costa? Hernany Costa é Angolano, residente no Rio De Janeiro estudante universitário, cursando Administração na Universidade Estácio De Sá, tenho a família em primeiro lugar, sou tímido e extrovertido e amigo dos meus amigos.

Qual a importância que a música tem para ti? A música é muito importante para mim, atrevo-me a dizer que é um refúgio, ao mesmo tempo que a transformo numa diversão, sim musica tem um significado importante na minha vida.

A música, ela é uma extensão da tua personalidade? Sim ela é uma extensão da minha personalidade sem duvida, é como uma outra identidade minha, sou do tipo de pessoa que tem uma musica para cada situação, e me vejo em muitas letras, até parece que elas foram feitas para mim (Risos) há vezes que eu a uso para expressar-me!
Ser Dj, um acaso do destino ou uma escolha motivada pela paixão? Pode-se dizer ambos. A paixão já existia, mas o destino deu uma mão, um dia recebi um convite inesperado e apesar do medo típico de um principiante aceitei enfrentar esse desafio, o amor pela música foi mais forte que o medo e fui para cabine e até então não me arrependi da minha decisão e acredito que foi uma boa escolha, creio que a vontade de ser Dj foi inevitável.
Parece uma banalidade actualmente ser Dj, já que existem escolas especializadas para tal, do outro lado os “Natural born Djs” como diferencia-los? Não creio que seja banal, embora muitos banalizem essa profissão ou dom, mas acredito que não há muitas diferenças entre os Djs que frequentam as escolas especializadas e os que nascem com esse dom, todos nutrem amor a música então isso os deixa no mesmo patamar, embora uns levem isso como uma profissão e outros como hobbie, na realidade o que os diferencia é criatividade e prática, como se diz na gira popular, a prática leva a perfeição. 
Nós últimos 7 anos o Rio de Janeiro teve uma “safra” extraordinário de Djs, o Hernany conviveu com a maioria, eles de alguma forma o influenciaram? Tive a oportunidade e ainda tenho de conviver com alguns Djs que passaram pelas noites africanas, Sim convive e ainda convivo e todos eles influenciaram-me e muito o meu estilo de tocar, fui “bebendo” um pouco de cada um deles, aprendi com os erros e acertos deles, e criei o meu estilo.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

HÁ UM RECRUDESCIMENTO DO RACISMO 2


(Parte 2)                                                                                                      


Nos últimos anos a ONU, realizou três conferências internacionais para combate ao racismo. A última foi a de Durban (África de Sul) de acordo com o ex-relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para as Formas Contemporâneas de Racismo e Discriminação, o senegalês Doudou Diène, “Estamos assistindo à legitimação intelectual do racismo de uma forma que não víamos alguns anos atrás. Samuel Huntington, professor da Universidade Harvard, publicou recentemente o livro Where Are We? ("Onde estamos?"), Cuja tese principal é que a presença dos latinos na América do Norte é uma ameaça à cultura norte-americana. É um livro de muitas páginas, que legítima a discriminação da população latina nos Estados Unidos.” Mas que não se pense ou deixemos levar pelo sentimento Anti-americanismo há realidades muito complexas no mundo, é cada vez maior o número de partidos políticos que adoptam discursos racistas. Na Europa, alguns partidos xenófobos vêm obtendo 15%, 20% dos votos. Isso é muito grave, conclui.


A Itália, a nomeação de uma ministra negra (pela primeira vez na sua história) gerou tanta polémica nas “hostes” da política italiana, que tem deixado a maioria dos italianos envergonhados e indignados com declarações racistas de alguns senadores e deputados, levando até a explosões de alguns deles dos seus próprios partidos. Cecile Kyenge, de origem congolesa, a ministra da Integração italiana confessa que, às vezes, se sente "cansada" dos insultos e ofensas de que tem sido alvo por ser de raça negra, mas assegura que esses ataques não a farão desistir da sua missão. 


No Brasil, segundo o  ex-relator especial da Comissão de Direitos Humanos da ONU para as Formas Contemporâneas de Racismo e Discriminação, o senegalês Doudou Diène, “2001, na última conferência internacional contra o racismo, realizada em Durban, na África do Sul, o então presidente Fernando Henrique Cardoso reconhecia a realidade do racismo” a quando da sua visita a Brasil, o relator falou da realidade que viu em brasil, “Notei uma grande diferença entre o reconhecimento do racismo pelos aparelhos de Estado e a vontade manifesta de combatê-lo, quando não a própria negação de parte de algumas autoridades, Portanto, tiro duas conclusões preliminares sobre a pergunta. Uma é que o racismo certamente existe no Brasil e a outra é que ele tem uma dimensão histórica considerável.” 

Recentemente o 5° homem mais poderoso sistema politico brasileiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse que: “Brasil não está preparado para um presidente negro” segundo ele porque, “ainda há bolsões de intolerância racial não declarados no Brasil, No momento em que um candidato negro se apresente, esses bolsões se insurgirão de maneira violenta contra esse candidato. Já há sinais disso na média, As investidas da “Folha de S.Paulo” contra mim já são um sinal”. Não sejamos ingénuos, estamos perante a um problema serio, e o velho método para o resolver falhou, se não vejamos, nem o homem mais poderoso do mundo, (que por sinal é um negro) escapou de tais insultos e ofensas racistas…

As pessoas vão a igreja não porque acreditam que Deus seja Preto ou Branco, vão pela sua fé e suas convicções, da mesma forma que Deus gosta de variedade de cores!” Malam Sambú 

HÁ UM RECRUDESCIMENTO DO RACISMO


Na hora de sermos intolerantes, perversos e maquiavélicos, não nos apresentamos como Brancos ou Pretos, nessas horas de insanidade, somos apenas humanos sedentos por crueldade, malícia e caos, apenas e só! Malam Sambú 



Já se passaram mais de um século desde da implementação da lei Áurea, o Apartheid, pelo menos na teoria foi erradicada há anos, a segregação racial, é uma “mancha” na alma dos humanos, o ser humano tem uma capacidade extraordinária para “esquecer” ou fazer-se de esquecido acerca de acontecimentos terríveis da sua história, mesmo quando os fantasmas ameaçam voltar de novo, ele simplesmente as ignora, os dias da intolerância racial, estão a voltar…

As feridas provocadas pelo racismo, não me parecem que possa cicatrizar apenas com pequenos e tímidos gestos, tanto de uma parte como de outra, primeiro, é preciso deixar de lado o politicamente correcto e reconhecer, que apesar de todos os esforços o racismo é um problema que persiste. Os casos de racismo, acontecem a cada esquina, seja em que país for, o preconceito racial, vai muito além de um acto criminal, aqueles que nunca sofreram preconceito contra sua cor, religião, ou opção sexual, nunca serão capazes de entender o que representa esse abominável demonstração de ignorância, e o mais irónico, é que mesmo dentre aqueles que o praticam, ninguém sabe exactamente porque é racista, o que pode levantar uma questão, Será o racismo um acto cultural, que mescla raiva, medo, resistência a criação de laços familiares ou afectivos? Vista desse contexto, não há um consenso, até porque o ser humano é tudo mesmo consensual, não é da nossa natureza, até porque, “No melhor dos mundos, não conseguiremos suprimir a natureza irremediavelmente cruel do homem”, o preconceito preconcebido que evolui de um estágio de crença na superioridade de hierarquização racial, ainda que ao longo do tempo tenha diminuído, essa intolerância e inimizade, esta de volta mais perigoso que nunca, esteve escondido mas trilhou o caminho de volta em proporções alarmantes em muitos países, a própria ONU se diz “PERTURBADO” com o crescimento do preconceito racial. Não são mais “sinais” é uma realidade concreta, “HÁ UM RECRUDESCIMENTO DO RACISMO”

Continua!

A ERA DO FALSO MORALISMO E O IMPONDERÁVEL EDWARD SNOWDEM



"Actuei em benefício da saúde da democracia e dos interesses dos cidadãos dos Estados Unidos" Edward Snowden




Quem por ventura achar que vai encontrar neste post algo sobre a vida ou aventuras do agora tão ilustre senhor Snowdem, “perdeu a viajem” como se diz na gíria popular brasileira. Porque haveria de falar dele, afinal o mundo inteiro falou e contínua a falar, e se calhar toda a Galáxia também fala dele, perder tempo com a sua pessoa, não é algo que realmente me interessa, mas que me move, é o seu suposto heroísmo, nada tenho contra o senhor em causa, o que me espanta é a hipocrisia deslavada com 99,9% das pessoas reagiram como se tivessem sido apanhadas de surpresa com as revelações tanto deste senhor como do Julian Assange. The Guardian  (Jornal Inglês) relevou a fonte, deu ao mundo a cara do homem que vazou as informações secretas sobre o programa de espionagem do NSA (Agencia de Segurança Nacional) para Glenn Greenwald, um advogado e blogueiro especialista em direito civil, que também é um cronista do referido jornal. A justificação do Snowdem para defender o seu acto, é que ele divulgou as informações secretas porque “Actuei em benefício da saúde da democracia e dos interesses dos cidadãos dos Estados Unidos. Quando te das conta que o mundo que ajustaste a criar, vai ser pior para as próximas gerações e para as seguintes, e que se estendem as capacidades de arquitectura de opressão, compreendes que é necessário aceitar qualquer risco sem importar com as consequências”, disse o Snowden em um vídeo publicado pelo de The Guardian. Mas para uma maioria (cerca de 55% dos americanos) ele é um traidor, um falso moralista, a “procura dos seus 15 minutos de fama” 
Para uns o senhor Snowden é uns heróis, para outros um traidor, há uma ténue linha entre ser herói e um traidor, pessoalmente não considero um favor as divulgações dessa informações, primeiro porque todos os países têm os seus segredos e suas agencias de segurança nacional, e neste jogo de cartas marcadas ninguém, mas absolutamente ninguém é santo, são todos “Anjos e Demónios” no caso da NSA, o que se questiona, é o uso dessas informações, e é nesse ponto que massa de apoio de Snowdem tem um argumento que não sendo imbatível, é suficientemente poderoso para ter o impacto e a magnitude entre os jovens a escala mundial, porque são os jovens que se sentem mais “atingidos” com os métodos pouco ortodoxos dos Estados Unidos, é um direito, e ela deve e deveria ser irrevogável, a privacidade, se estamos a falar de “violações” de privacidade, o assunto é muito grave, já não se trata apenas dos Estados Unidos, aos que se sabe ou melhor o que nós tem sido relatado, vendido ou mesmo inventado, que seja, são versões de partes envolvente, e como tal cada um sua consciência, a Rússia ao conceder um asilo de uma ano ao Snowdem, diz claramente ao Estados Unidos que é uma nação soberana, e como tal livre para fazer as suas escolhas, o que é louvável e digno de aplausos, mas ao mesmo tempo coloca em risco o acordo que de livre vontade assinou com o seu “parceiro Americano” no que diz respeito a cooperações em termos de justiça, o presidente Puttin disse, que apenas concedia o asilo ao Snowdem, se este parasse de “prejudicar” os seus parceiros americanos, é claro que a posição russa é uma jogada de marketing, perigosa mas que no medio prazo vai render simpatia ao Kremelin.


Os Americanos “perdoam, mas não esquecem”, sou daqueles que defendem que, “Quem não deve não teme”, ainda que o Tio Sam abuse das tácticas na luta contra terrorismo. Alguns líderes mundiais se dizem perplexos e indignados com a suposta ou comprovados actos de espionagem dos EUA, um show de hipocrisia digno de Óscar  todos sabem, e alguns colaboram com este sistema de espionagem, mas perante as câmaras todos se fazem de inocentes e magoados com a atitude dos Yankees, tratando-se dos políticos, este show é típico, mais, faz parte do roteiro. Tenho um particular respeito por alguns jornais ocidentais, ou pelo menos achava, depois deste teatro de quinta categoria, o respeito até pode continuar mas, admiração o “vento levou”, em tempos de crise, vale tudo para vender, até provocar situações potencialmente perigosas entre países! Respeito que pense o contrário das minhas palavras, mas deixo uma observação, SE ALGUÉM ME CONTRATA PARA FAZER ALGO TEORICAMENTE IMORAL, E CONTRA OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LEI E DA DEMOCRACIA, E COM AGRAVANTE DE SER PAGO, COMO POSSO VIR IMPUTAR AS RESPONSABILIDADES MEUS ACTOS A TERCEIROS?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A GUINÉ ENTRE O SONHO DA LIBERDADE, E O POPULISMO


É possível prever as consequências dos protestos?

“É difícil saber. O que aconteceu e tem acontecido (Brasil) é um momento histórico. Temos que louvar essa vontade das ruas de dizer que está cansada de corrupção. A pergunta que fica é se os três poderes vão conseguir receber esse recado e assimila-lo.” Marco António Villa – Historiador e professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (SP) Brasileiro, sobre os resultados dos protestos no Brasil.





É preciso ter a clareza de espírito para não cair na tentação de comparar ou cair na demagogia de acreditar que fazer protesto ou manifestações “sustentadas” apenas por um temporário sentimento de “copianço” da realidade Brasileira ou Turca possa de facto fazer grandes mudanças a realidade Guineense, o que ela pode fazer de diferente, que não foi feita nos últimos anos? Um redundante NADA, primeiramente, as revoltas da chamada “primavera árabe, em nada pode ser comparada as manifestações que têm ocorrido no Brasil, as assimetrias culturais são gigantescas, a magnitude das reivindicações diferem na importância, significado, tom e circunstancias! A democracia Brasileira é suficiente forte para sobreviver a um terramoto politico, na Guiné, que me conste nem se sabe o que significa a palavra politica uma vez que não existe uma democracia representativa capaz de garantir a seu miserável povo princípios básicos de liberdade de expressão, grave seria se nós já marginalizados caíssemos nessa falsa retórica de que podemos sair as ruas e exigir mudanças significativas as nossas pretensões de liberdade, saúde, segurança e equilíbrio social e económica, as mentes “brilhantes” por detrás dessa ideias perigosas, primeiro, convém que expliquem se têm um plano traçado e mais importante o que fazer apôs o “Day After”, porque gritar só por si não é solução, aproveitar uma situação em que um povo desafia os seus líderes políticos por melhores condições de vida para se auto-promover é um crime repudiável e vergonhoso, as consequências de tais irresponsabilidade apenas conduziriam o país a um estado apocalíptico, como se não tivéssemos problemas mais graves, devemos gritar sim, mas as nossas próprias consciências, não duvido que todos os guineenses queiram ir para as ruas, também eu queria, mas não compactuo com desperdício de energias ou com populismo barato sob forma de protesto ou manifestações que não tragam efeitos reais e benéficos a Guiné! Mesmo vivendo em uma democracia “armada” a maioria dos Guineense é portador de carácter!



terça-feira, 11 de junho de 2013

FAREWELL MADIBA


A poucos homens do nosso tempo o termo “herói” não soa como um apêndice presunçoso. 


Ninguém esta qualificado para te substituir "Tata" (pai), você é uma excepção a parte, por isso a imagem de você débil e desorientado não combina com o líder que você foi enquanto esteve no pleno controlo das suas faculdades. O ciclo da vida é assim, o fim, esta próximo, por mais difícil e doloroso que seja, temos que te deixar “partir” com dignidade, soubeste ensinar-nos como sermos obstinados e rebeldes, mas sempre com respeito ao que a humanidade tem de mais precioso, a Vida! Todas as nossas escolhas têm suas consequências, a tua bendita obsessão pela liberdade e igualdade entre homens e mulheres, teve como resultado a privação da tua preciosa liberdade física, fostes um símbolo de esperança contra a segregação e o insano ódio racial para milhões, a tua presença nesta terra foi um presente de Deus, incorporaste ideais e princípios que precisamos ter presente de forma acreditar que um futuro sem a ideologia do racismo é possível, esse é o teu legado, e não o nome Mandela, o Nelson, o homem, o líder, ensinou ao mundo que sem uma consciência crítica, indignação e capacidade para lutar contra a opressão e medo, o mundo não muda, depois da tua partida, nada mais será o mesmo, primeiro porque nós falta a imaginação para pensar o futuro sem “cairmos” em uma utopia, depois porque na África existe um “conceito conhecido como ubuntu – o sentimento profundo de que somos humanos somente por intermédio da humanidade dos outros; se vamos realizar qualquer coisa neste mundo, ela será devida em igual medida ao trabalho e às realizações dos outros”.



Posso estar a cometer o maior dos pecados, ao me despedir de ti publicamente, mas você nos inspirou coragem, a mesma com que agora eu falo que não deveras ficar entre nós por muito mais tempo, é inútil negar o inevitável, o coração sangra, mas devemos estar preparados para sua “viajem final”, no longínquo ano de 64 em uma declaração no julgamento no Supremo Tribunal de Rivonia, o próprio Mandela afirmou que estava “preparado para morrer”, ainda que as circunstancias fossem diferentes daquela que vivermos agora, se ele pode-se escolher, escolheria conscientemente pelo seu repouso eterno, por sinal bem merecido, é de uma crueldade indescritível e abominável,

Prolongar o seu sofrimento perante câmaras de TV, exibindo-o, como se de um troféu se trata-se. Devemos ao Nelson uma recordação forte e bonita pela suas lições de vida, amor e coragem, o nosso tempo neste “plano” tem hora e data marcada, “a morte, pode ser daqui um dia ou 40 ano, mas ela chega “ (Ayrton Senna), sem ser sua família, o mundo não voltara a ver Madiba vivo, lembrando uma citação do livro de Richard Stengel, OS CAMINHOS DE MANDELA, “Nessa hora, não pude deixar em Eddie Daniels, o prisioneiro de 1,60 metro da Ilha Robben que disse que, quando estava realmente melancólico, se pudesse apenas ver Mandela, tocá-lo, abraçá-lo, era o suficiente para consola-lo, revivê-lo, fazer com que quisesse viver novamente”, Nelson Mandela, pela sua trajectória, é a nossa imortalidade, Madiba, vai ficar bem, esta indo para casa, paz a sua alma!

Um bom filho é o reflexo e continuação do carácter do seu pai, tal como um grande líder representa a grandeza do seu povo. Malam Gomes Sambú